terça-feira, 24 de outubro de 2017

O trabalhador espírita e a casa espírita

Hoje vamos falar sobre o trabalhador espírita.

Vamos falar sobre hábitos e atitudes que podem lhe ajudar, prejudicar, a si mesmo ou ao centro que trabalha.

Vamos nos focar nas atitudes das pessoas durante o dia, durante a semana e dentro de suas casas de caridade, que atrapalham nossa evolução espiritual e até mesmo o atendimento da casa.

É um assunto extenso, talvez alguns tópicos fiquem de fora deste podcast e venham a ser tratatos em outra ocasião.

Não pretendo passar por temos batidos, velhos conhecidos como desalinho sexual, habito de fumar, de beber, atitudes diferentes dentro e fora do centro. Pretendo abranger outros detalhes

Quem se sentir ofendido, rogo-lhe uma profunda reflexão de seus atos, para o seu próprio bem e de sua casa.
O que é o espiritismo ?

O espiritismo é o consolador prometido por Deus.

O espiritismo é luz para as nossas vidas, a casa espírita deve ser acolhedora para as almas infelizes, chorosas, doentes, enfermas, necessitadas de luz e de paz.

A Casa Espírita deve ter seus alicerces fincados na Doutrina.

Mas para que a casa espírita possa oferecer tudo isso, os trabalhadores da casa espírita devem estar em perfeita sintonia, em perfeita equilíbrio.
O espírita e em especial o trabalhador espírita tem uma grande responsabilidade consigo mesmo, com o exemplo que passa. Pois dependendo de seu estado, ele pode até mesmo prejudicar o bom andamento dos trabalhos de sua casa, influenciar de maneira negativa os participantes.

O espiritismo não precisa de nós !

Nos que precisamos do espiritismo. Não somos criaturas insubstituíveis.

Estamos na doutrina porque precisamos dela, somos instrumentos dos bons espíritos.
Além de sermos instrumentos dos bons espíritos, ao termos a dádiva de trabalhar, devemos nos lembrar todos os dias que dessa maneira, estamos dissolvendo os problemas de nosso passado.

Não se iluda em achar que você foi algum tipo de santo nas vidas passadas.

Se todos somos endividados, os médiuns são mais endividados ainda.

Não existe nem orgulho e nem vergonha em ser médium, é somente um trabalho a ser feito.


O que fazemos antes de chegar na casa espírita?
Vindo de ônibus ou de carro, será que nos irritamos no transito ?
Talvez nosso filho ou cônjuge logo de manha nos deixou irritado?
Hum..quem sabe olhou com desejo algum companheiro companheira de trabalho ou na rua ?
Comemos demais no dia ?
Tomamos uma cerveja no almoço? Um vinho na janta?
Talvez estejamos numa situação financeira ruim e alguns trocados não ganhos de maneira legal vieram para nós?
Esta desenvolvendo o habito de ficar vendo TV e não estudar ?
Problemas familiares ?

O que dizer sobre tudo isso?

Bom, em 1º Lugar devemos nos lembrar que muitos irmãos trevosos estão trabalhando incessantemente para que os trabalhadores espíritas se desequilibrem, se percam de alguma maneira e não desempenhem seu serviço da melhor maneira.

O trabalho deles é esse mesmo, mas.... se deixamos isso acontecer, a responsabilidade é totalmente nossa.

Os irmãos trevosos vão nos oferecer maneiras de nos desviarmos, se nos desviamos, se nosso livre arbítrio nos leva a nos perde.

A CULPA É TOTALMENTE NOSSA.

No caso do trabalhador espírita, além de ser perder, ainda prejudica o auxilio aos irmãos necessitados.

Vamos começar sobre preparação mediúnica, mais especificamente sobre estudo, preparação.

Médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco tiveram o seu tempo de estudo e acerto da sintonia espiritual.

Chico demorou 4 anos de trabalho persistente para conseguir uma boa comunicação com Emanuel.

Divaldo levou 10 anos. Joana de Angelis lhe passava os textos por meio da psicografia e quando ela achou que ele estava pronto, mandou jogar tudo fora e recomeçar. Recomeçar agora com certeza do preparo do médium e da qualidade da comunicação.

O tempo de educação mediúnica tem sido relegado a segundo plano.

Concordo que não temos como estudar tudo antes de começar a trabalhar, um estudo sobre obras básicas é o mínimo a se esperar. Após isso aprender trabalhando e trabalhar aprendendo.

A culpa não é somente do médium, muitas vezes ele nem imagina se esta preparado ou não.

Os dirigentes com mais experiência devem analisar com cuidado os seus trabalhadores.
Os médiuns trabalhadores precisam participar dos estudos da casa, de todas as atividades da casa.
As alegações de experiência, de nada valem.

Todos somos trabalhadores imperfeitos, por mais bem informados que formos, não sabemos de tudo.

As reuniões de estudo, são de grande valor, pois novas informações sempre são passadas.

Isso sem falar na humildade do médium trabalhador, em ensinar os presentes e também aprender com eles.

Algum expositor pode mostrar os fatos sob um novo ponto de vista, o enriquece o conhecimento do médium.

Somente trabalhar não preenche todas as necessidades do médium, ele também precisa participar de outras atividades da casa.

Não vamos esquecer da humildade, todos os trabalhos dentro da casa espírita são necessários e importantes.

Os médiuns videntes não são mais importantes que o passista, nem o doutrinador mais importante que o bibliotecário. Todos são trabalhadores espíritas, até mesmo a pessoa que faz a limpeza e a segurança física da casa.

Falando sobre segurança, a segurança espirital esta a cargo dos guardiões, exus.

São até centenas de irmãos abnegados que fazem a segurança espiritual da casa, mas isso é assunto para outro podcast.

Kardec no diz, “Se um dos membros do grupo, sob influencia da obsessão, todos os esforços desde os 1º sinais para lhe abrir os olhos, antes que o mal se agrave, a fim de leva-lo a compreensão de que foi enganado e ao desejo de ajudar aos que procuram livrar.”
Segundo kardec, se o irmão trabalhador não esta em condição, ele não deve trabalhar.


Conselho doutrinário. Em muitos casos ele acaba sendo um grande podador dos médiuns e dos ensinamentos a casa. Muitos autores são descriminados, são descartados, são proibidos de serem citados. Desta maneira os médiuns não conseguem desenvolver o seu senso crítico.
Kardec nos deixou muito claro no livro dos espíritos, que o conhecimento não termina ali, que ele vai ser adicionado com o tempo.

O orgulho, segundo o evangelho segundo o espiritismo é o pai de todos os vícios.

O orgulho é o maior empecilho para uma convivência fraterna e condizente com o conhecimento que a Doutrina Espírita nos propicia.
È o vicio que menos admitimos que temos.

O orgulho em qualquer de suas divisões não permite a nossa reforma moral, de nos observarmos , de nos verificarmos, de nos focarmos em algo deve ser mudado,

E o que deve ser feito ? Como deve ser lidado com isso?

O dirigente do centro deve chamar o irmão para uma conversa, alertá-lo sobre suas falhas, sobre a necessidade de trabalho nessas falhas.

O trabalhador nesse momento costuma se zangar, se justificar, até mesmo a negar. Eu não fiz isso,ou, eu fiz isso porque tal pessoa fez isso...

Sempre tem um mais, por exemplo, eu fiz isso porque alguém me levou a fazer isso.

O trabalhador acaba sempre transferindo a culpa e as minhas falhas morais para uma 3ª Pessoa.

Chico Xavier nos lembra que somos almas altamente endividadas, dentro de nos o passado ainda fala mais alto, não podemos ser tão suscetíveis assim.

Devemos pensar : porque nós nos sentimos ofendidos?

Porque nos sentimos magoados, quando alguém vem nos reeprender ou vem nos orientar ?

Qual a razão de ficarmos colerizados com fatos desagradáveis ?

Não seria o amor próprio acentuado ?

Isso não é o orgulho ?

Isso não pode acontecer!!!!

O orgulho nos induz a julgarmos mais do que sois, a não suportar uma comparação que vos possa rebaixar, de nos considerar tão acima de vossos irmãos.

Se somos uma pessoa que somos ficamos contrariados com a observação de alguma pessoa sobre alguma coisa, precisamos nos analisar.

Agora, para ver o defeito do outro, isso você vê rapidamente.

O orgulhoso reconhece o outro rapidinho. Sabe como se chama isso? Sintonia de energia.

Lembra algo sobre nossos pensamentos, sobre quem fica perto de nós, quem se liga conosco ?

Ou então, os coitadinhos, os que são vitimas da vida.
Coitado de mim, sou um pobre coitado, veja a família que eu tenho, conheça o meu pai, meu pai fazia isto e aquilo comigo, culpa da minha mãe.

Culpa dos pais ? Não teve culpa de nascer ?

Nasceu nessa família por acaso ?

Você não pediu para nascer na família que esta, VOCÊ IMPLOROU !!

Vamos exercitar a lei do amor, da compreensão, da paciência, do posicionamento correto, da coragem de dizer não

Jesus nos lembra, bem aventurados os pobres de espirito, os humildes, os que trazem a consciência da sua fraqueza moral e tenta se melhorar.

Chico Xavier nos disse: “Se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir”.

Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompidos pelo álcool, cigarro, dinheiro, comida e recordamos ainda o sexo.

Sobre sexo, Chico Xavier instrui: “Do sexo herdamos nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo- nos do fogo do sexo e a droga...

Mas a droga é outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que procuram uma fuga.

Não são criminosos; são criaturas carentes de mais proteção, de mais amor.

Porque se os nossos companheiros enveredaram pelo caminho da droga, procuraram esquecer algo.

E esse algo são eles mesmos, então precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre
o vício”

Alguns centros tem o costume de realizar bingos para arrecadar dinheiro para custear as depesas da casa

Não é recomendável um Centro Espírita angariar recursos oriundos de jogos, pois isso provocará um ambiente desfavorável para a tranquilidade e harmonia dos frequentadores.

As Instituições Espíritas voltadas a essa prática hospedam inevitavelmente irmãos do além despreparados para os serviços de socorro espiritual que a casa possa oferecer.

Ainda que procuremos amenizar os argumentos, em realidade, o vício açoita as bases da consciência cristã e desarmoniza a estrutura psicológica.

Alguns confrades são afeitos aos jogos de azar, porém é importante recordá-los de que o hábito persistente de jogar os enlaçará invariavelmente nas urdiduras da obsessão.

Tais irmãos poderão ficar encarcerados nas garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo, e vidas que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vazias, estimulantes de sujeição calamitosa, cujas defecções morais muitas vezes atingem famílias inteiras.

Quaisquer tipos de jogos nos centros espíritas contrariam os princípios cristãos pelos efeitos nefastos que provocam aos seus praticantes.

Não há como compactuar com tais práticas, que estimulam o ânimo dos dirigentes das instituições a promover rifas, bingos e sorteios viciantes, numa inquietante justificativa de que as finalidades são “justas”.

Todavia, ainda que para “fins beneficentes”, não se justificam os meios comprometedores, consoante admoesta André Luiz, em “Conduta Espírita”.

Obviamente, se pessoalmente alguém quiser entrar numa casa lotérica e tentar a “sorte”, o problema é pessoal, isso é claro, mas se quiser arrastar essa mazela para a comunidade espírita, a questão muda de figura.

A despeito de quaisquer pretextos, uma instituição espírita não comporta, em suas instalações, rifas e jogos de azar.

Para se angariar recursos visando obras transitórias das edificações materiais, a experiência tem mostrado que podemos pegar a charrua do esforço maior e promover os tradicionais almoços fraternos, exibições de fitas cinematográficas, bazares, festival da torta, festival do sorvete, etc.

Se alguém se dispuser a doar para a instituição um bem de expressivo valor (terreno, casa, carro, joias), a fim de ser revertido em recursos para obras assistenciais, esforcemo-nos por comercializá-lo a preço de mercado, sem rifar, lembrando sempre o que a sabedoria popular proclama: “O ‘pouco’ com Deus, é ‘muito’!”

E Os expositores espiritas ?
Infeliz daquele que abusa da doutrina.
Infeliz daquele que deturpa as ideias.
Infeliz daquele que usa o espirtismo para aparecer. Para saciar a sua vaidade e seu orgulho.
Infelizmente isso acontece com muitos trabalhadores espíritas.

No que respeita à mantença do equilíbrio e à conservação do corpo, ressalvadas as destinações de ordem cármica que escapam ao nosso controle individual momentâneo, transferimos para aqui algumas regras e considerações :

Referimo-nos aos esforços íntimos em relação aos hábitos, costumes, necessidades e outros aspectos da vida moral do indivíduo, destinados a mudar os seus sentimentos negativos, vencer vícios e defeitos, dominar paixões inferiores e conquistar virtudes espirituais, isto é, a reforma íntima.

Para isso torna-se necessário:

Higiene do corpo físico - Uso diário de banhos de água, totais ou parciais; de ar, de luz e de sol, cada um agindo, é claro, de acordo com seus próprios recursos e possibilidades, inclusive de tempo; vestimentas apropriadas, de acordo com o tempo, o clima e as estações do ano.

Alimentação - Racional e sóbria, contendo os princípios alimentares básicos que são: proteínas (alimentos que mantêm os músculos); carboidratos e gorduras (alimentos que fornecem energia e calor), sais minerais e vitaminas.

Todos estes elementos são encontrados nos alimentos comuns, sendo, todavia, necessário saber combiná-los e utilizá-los sem faltas ou excessos.

Para isso convém consultar instruções apropriadas, quase sempre encontradas em livros e publicações que tratam do assunto.

Lentamente, e tanto quanto possível (segundo os recursos, profissão e temperamento de cada um) diminuir a carne como alimento base, visto ser desaconselhável do ponto de vista espiritual.

Os princípios alimentares que ela contém, sobretudo proteínas, são encontrados com facilidade em outros alimentos de uso comum, como, por exemplo: queijo, feijão, soja, leite, etc.

Por outro lado, para alimentar nosso corpo não há necessidade de sacrificar vidas de animais úteis e pacíficos onde Espíritos, ainda embrionários, realizam sua evolução, quando podemos fazê-lo com inúmeros outros alimentos mais simples.

Neste assunto, que é de controvérsia, cada um deve seguir seus próprios impulsos e inspirações que corresponderão, Justamente, ao grau de compreensão ou de evolução que lhes forem próprios.

3 - Repouso - Dormir o tempo que for exigido pelo próprio organismo, segundo a idade, a profissão e o temperamento de cada um.
Nunca sacrificar esta necessidade fundamental em benefício de certas distrações ou atividades dispensáveis, porque são sempre lamentáveis as consequências que a falta de sono acarreta para o sistema nervoso, principalmente daqueles para os quais esta necessidade se torna mais acentuada.

O normal do período de repouso para os adultos é de 8horas, tempo esse que vai diminuindo à medida que aumenta a idade; na velhice essa necessidade fica reduzida para pouco mais de 3 a 5 horas, substituída a diferença por uma apatia natural, certa sonolência.
A insónia nos adultos e nos adolescentes, mas sobretudo nas crianças, sempre denota moléstia orgânica ou perturbação de natureza psíquica que requerem cuidados especiais, porém nunca o uso de tranquilizantes ou hipnóticos que podem provocar dependência, além de produzirem profundas depressões.
4 - Distrações - Também fazem parte dos recursos necessários à mantença do equilíbrio orgânico, como reflexos vindos do campo da vida psíquica.

São derivativos para as pressões exercidas, nas lutas da vida, pelas inquietações, temores, cansaço, tristeza, desânimo, etc, que tão perniciosas influências exercem sobre o Espírito, com a agravante, ainda, de abrirem portas às influenciações do plano invisível.
Todavia, não são todas as distrações que servem ao espírita interessado no seu problema de renovação moral.

Há distrações benéficas como as há extremamente perniciosas; estas são as que despertam ou alimentam os instintos inferiores do personalismo, da brutalidade, da violência, da crueldade, como o boxe, as lutas de arena, as touradas, etc; as que levam a desgarres da sensualidade, como certos espetáculos, danças e folguedos; tudo isso deve ser eliminado do programa do espírita esclarecido e sensato.
As diversões aconselháveis e úteis são as de aspecto construtivo e elevado, como passeios ao campo, parques e jardins, excursões, visitas a museus e obras de arte, reuniões culturais, concertos musicais, conferências sobre assuntos instrutivos, enfim, tudo quantodignifique, esclareça e levante o indivíduo para esferas de vida e de sentimentos mais elevados.

Muito importam, também, à mantença do equilíbrio orgânico e à harmonia interna do santuário do Espírito, o combate aos vícios, defeitos morais e paixões, próprias do homem encarnado nestes graus inferiores da escala evolutiva, dos quais o nosso orbe faz parte.

Do mesmo citado livro transcrevemos mais os seguintes períodos referentes a estes pontos de relevantes interesses.

5 - Os vícios - Para a defesa e purificação do organismo, é necessário combater rigorosamente os vícios, começando pelos mais comuns que são o fumo, o álcool, a gula e os tóxicos (maconha, éter, ópio, morfina, etc.)

Atualmente, estes vícios se alastram de forma alarmante, envolvendo milhões de pessoas, em sua maioria jovens inexperientes que a vida social moderna, com seus costumes licenciosos e cínicos, empurra para caminhos de perdição.

Jovens de ambos os sexos, nas reuniões de sociedades, fazem alarde ou exibição dos vícios que possuem, como se tal coisa os engrandecesse.

Na sua inconsciência, chafurdam na lama e se vangloriam disso.

O fumo, por exemplo, considerado o mais inocente desses vícios, está sendo adotado pela maioria das mulheres, sendo fabuloso o seu consumo no mundo inteiro e seu uso produz terríveis males, mormente no aparelho nervoso-vegetativo (simpático e vago), dando margem a perturbações tanto mais intensas e profundas quanto mais sensíveis forem as pessoas.

Ultimamente, severas advertências vêm sendo feitas por cientistas de todos os países sobre a influência do fumo na produção do câncer. Segundo estatísticas oficiais, em cada quatro pessoas que fumam, uma possui indícios de câncer.

As consequências do fumo afetam também fortemente o perispírito, produzindo uma espécie de entorpecimento psíquico, que continua até mesmo após o desencarne, prolongando o período de inconsciência que, na maioria dos casos, ocorre depois da chamada morte física, como também afeta a cortina de proteção e isolamento existente entre o corpo físico e o perispírito.

E coisas ainda piores sucedem em relação ao vício do álcool, responsável pela degradação moral de milhões de pessoas, em todas as partes do mundo, obrigando governos esclarecidos (como, por exemplo, o da França, ultimamente) a decretar legislação coercitiva a fabricação e uso imoderado do álcool em seu território.

Julgamos completamente desnecessário qualquer comentário a respeito destes vícios e de suas diferentes sintomatologias, que oscilam entre a euforia e o coma, visto ser assunto por demais conhecido.

Não importa o que digam uns e outros, inclusive pessoas de ciência, defendendo estes vícios, alegando não serem tão perniciosos como parecem: os que os defendem são também viciados em maior ou menor grau e, portanto, suspeitos no caso.

Os espíritas, se realmente desejam evoluir e, já que a evolução não se conquista sem pureza de corpo e de espírito, devem combater e eliminar de si mesmos estes vícios, libertando-se deles definitivamente. Não pode haver pureza de corpo ou de sentimentos em pessoas que se entregam a vícios repugnantes e perniciosos, praticando, assim, um suicídio lento, na mais lamentável negligência moral.

Por outro lado, é preciso não esquecer que o viciado é assediado e dominado por Espíritos inferiores desencarnados, mesmo quando não maléficos mas, da mesma forma, viciados e que, não possuindo mais o corpo físico, atuam sobre eles e, por seu intermédio, se satisfazem, inalando a fumaça dos cigarros ou aspirando, deliciados, os vapores do álcool.

Há milhões de pessoas, no mundo inteiro, que vivem assim escravizadas pelos Espíritos inferiores e utilizadas por estes como instrumentos passivos, submissos e cegos de seus próprios vícios e paixões.

André Luiz, em sua obra Nos Domínios da Mediunidade, descreve uma cena de botequim, mostrando como alguns Espíritos desencarnados, junto de fumantes e bebedores, com triste feição, se demoravam expectantes.

Alguns sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calordos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento.

Outros aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.

Defeitos morais e paixões - A batalha moral contra os defeitos e as paixões deve ser igualmente encetada pelos espíritas sem vacilações e temores, sendo certo que desde os primeiros passos, serão fortemente apoiados pelos benfeitores espirituais, que sempre estão atentos, aguardando que tão salutares e imperiosas resoluções surjam e tomem consistência no Espírito dos seus protegidos, entes amados que eles, os benfeitores, assumiram o compromisso de assistir e proteger durante a encarnação.

Antes de encetar a luta contra os defeitos e as paixões tão comuns ao homem inferior (como sejam, o orgulho, o egoísmo, a sensualidade, a hipocrisia, a avareza, a crueldade, e outros) é necessário que cada um faça um programa individual de ação, examine a influência que cada defeito ou paixão exerce sobre si mesmo e em seguida inicie a repressão com confiança e disposição de lutar sem desfalecimentos, até o fim; assim procedendo, logo aos primeiros passos, verá que o apoio recebido do Alto é muito importante e que a vitória está desde o princípio, em suas próprias mãos.

Sejamos amigos, transparentes, sinceros, amorosos, com intenções puras

Se nossas intenções são puras, tenham certeza absolutas que os bons espíritos estarão conosco.

No final deste podcast não vou deixar frases de pensamento e sim uma passagem da vida de Chico Xavier, não vou tecer comentários nenhum, mas vou convidar a todos para uma profunda reflexão

Em se tratando do querido Francisco Cândido Xavier, dentre tantos episódios narrados por
interlocutores que com ele conviveram e puderam se deleitar com sua doce presença e momentos
felizes e alegres, há um que é narrado pelo confrade Adelino da Silveira.

Narra que se encontravam na residência de Chico Xavier numa daquelas fases em que seu estado
de saúde não lhe permitia deslocar-se até o Centro...

No entanto, uma multidão se comprimia lá na rua em frente, e quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões.

Como de hábito, foram passando uma a uma em frente ao Chico.

Eram pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País.
Algumas diziam:
− Eu só queria tocá-lo...
− Meu maior sonho era conhecê-lo...
− Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão.

Muitos queriam notícias de familiares desencarnados, ou espantar uma ideia de suicídio.

Outros nada diziam e nada pediam, só conseguiam chorar.

Bastava uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.

Adelino da Silveira, diante do cortejo inigualável, e especialmente pela maneira como Chico atendia a todos, ficou a pensar: “Meu Deus, a aura do Chico é tão boa... Seu magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades”.

Instantaneamente a este pensamento, Chico se dirige ao confrade e lhe diz:

− Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou
quase morto. Por que você acha que eles vêm?

A pergunta inesperada deixa-o perplexo e momentaneamente emudecido e pensando: “Meu
Deus, frente a um homem desses, gente não pode mentir, nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se considerou humilde).

Quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava.

Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares.

Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava. Onde quer
que aparecesse, uma multidão o cercava.

Tanto que Pedro lhe disse certa vez: ‘Bem vês que a multidão te comprime’. Zaqueu chegou a subir
numa árvore somente para vê-lo. Ver, tocar, ouvir era só o que queriam as pessoas”.

Tudo isso passou por sua cabeça com a rapidez de um relâmpago.

E como Chico continuava olhando para Adelino, este concluiu o raciocínio dizendo:
− Acho que eles estão com saudades de Jesus.
Conta Adelino que estas palavras foram tiradas do fundo do seu coração diante de um homem tão doce e amável que era, pois acreditava que elas não ofenderiam a sua modéstia.
Enquanto isso a multidão continuava desfilando à frente dele, todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos. Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, o confrade Adelino percebe que os lábios de Chico estavam sangrando, pois, ele havia beijado a mão de centena de pessoas.

Adelino da Silveira fica com tanta pena daquele homem, que já contava com oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que lhe pergunta:

− Chico, por que você beija a mão deles?

A resposta que recebeu o deixou ainda mais estupefato e admirando-o mais do que nunca, pois declara que a resposta marcou sua alma para a eternidade:

− Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pé

http://www.institutochicoxavier.com/index.php/oradores/podcast-espirita/1022-podcast-no-15-o-trabalhador-espirita-e-a-casa-espirita

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