quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Texto de Gladis Pedersen de Oliveira

O Suicídio
Causas e consequências
Como remediar
Como prevenir
Visão espírita

O que é o homem no conceito espírita?
Ele é composto dos seguintes elementos: o corpo, o fluido vital que o compõe, o perispírito e o espírito.
O espírito é o princípio inteligente, criado por Deus, força indivisível que busca a perfeição relativa. O perispírito é o envoltório do espírito, substância semi-material com a qual o espírito pode transportar-se aonde quer e onde são gravados os resultados do processo evolutivo do ser humano, as experiências existenciais nele são fixadas como reflexos condicionados psicossomáticos que são condutores dos processos mentais e fisiológicos.
O corpo físico está ligado ao perispírito pelo sistema nervoso que serve de veículo para impressionar o mesmo que registra os automatismos fisiológicos e os fatos de ordem psíquica, como a memória os inconscientes passado e atual.
O verdadeiro responsável pela existência e funcionamento do ser é o espírito, que é criado por Deus como Centelha Divina, que emana do Criador e que possui o pensamento, o sentimento, o livre arbítrio, a memória e a vontade.
O espírito encarnado apresenta-se envolto pelo perispírito e pelo corpo físico. Pela morte, ele se desfaz do corpo material mantendo-se vivo e envolto pelo perispírito que possui o registro de todas as experiências e conquistas do espírito e as conserva.
O perispírito é indestrutível e conserva, depois da morte, todas as aquisições terrestres. Nele ficam gravados todos os processos evolutivos fixados todos como reflexos condicionados psicossomáticos.

O espírito, ao reencarnar, instala nos implementos da organização psíquica os fatores genéticos que impelem e predispõe desconcertos que degeneram em estados de perturbação e desequilíbrio. Em face aos complexos de culpa e dos compromissos negativos que são mantidos de outras encarnações, propicia a sintonia com Entidades perversas e viciosas que se encarregam de desencadear processos de desequilíbrio, espiritual e psicológico através de obsessões.
O suicídio, muitas vezes, é a etapa final das patologias psíquicas.
No corpo físico, o cérebro é o órgão, a casa mental através da qual o espírito atua na encarnação. Ele apresenta-se dividido em três partes: o subconsciente, o consciente e o superconsciente.
O subconsciente, na base, contem o porão da individualidade, o arquivo das experiências do espírito, os impulsos automáticos, os hábitos, o automatismo e armazena o passado desta e de outras encarnações.
O consciente, localizado na região do córtex motor, reúne as conquistas atuais, representa o presente, o esforço, a vontade.
O superconsciente, nos lobos frontais reúne materiais de ordem sublime, espiritual, as emoções superiores, o ideal, o futuro luminoso a ser atingido.
No subconsciente estão arquivados todas as informações das vidas passadas e o passado da vida atual e as emoções por essas vivências provocadas.
As emoções guardadas no subconsciente, quando não trabalhadas convenientemente, passam a governar a vida do encarnado podendo desencadear DEPRESSÃO.
São os ressentimentos, os ódios, os sentimentos de culpa pelos erros cometidos em vidas anteriores ou na atual encarnação, que estão armazenadas no inconsciente.
A pessoa depressiva é alguém que traz a mente fixada no passado triste e sombrio, que se compraz em recordar situações afligentes.
Vivem amarguradas, tristes isolados.
O pensamento consciente, lúcido, é uma boa semente que é lançada na terra fértil do subconsciente. A parte consciente da mente tem a função de pensar, dirigir, lançar ideias certas para o subconsciente, que, por sua vez, tem a função de fazer brotar ou realizar o que a mente consciente lhe estimula.
O pensamento é uma grande energia, uma semente poderosa. O subconsciente é o receptor e transmissor do que a mente consciente lhe ordena ou sugere, pelo pensamento.
Os exercícios frequentes de pensamentos otimistas com reflexão, caminhadas em bosques ou à beira-mar, auxílio fraterno em obras de ajuda social e moral, entre outros, são de excelente resultado para a liberação da amargura. Igualmente, a elaboração de programas de auto-estima, a participação em labores com grupos de apoio, tornam-se estimulantes para o restabelecimento da saúde emocional do indivíduo, livrando-o do azedume e das sequelas da amargura.” Joanna de Ângelis, Autodescobrimento uma busca interior, pg. 134.
Quando ocorre a concepção e inicia-se a gestação do espírito reencarnante, são impressos no perispírito, nas primeiras células, os fatores necessários à evolução do ser, que oportunamente irão se manifestar, em forma de depressão com base no sentimento de culpa e mágoa, de desrespeito por si mesmo, de suicídio, e outros equívocos de vidas passadas do reencarnante.
Muitos espíritos que reencarnam conduzem lembranças que precisam ser trabalhadas incessantemente, e que se apresentam como melancolia, insegurança, receios infundados e revoltas íntimas pelas quais perdem o equilíbrio emocional.
Nesta fase gestacional o reencarnante absorve a quantidade de fluido vital para manter-se no corpo até o final da encarnação.
As pessoas que apresentam distúrbios emocionais e psicológicos que se expressam na depressão grave necessitam de cuidados, sob orientação psiquiátrica, que lhes indicará a medicação necessária ao reequilíbrio físico e emocional, bem como o atendimento psicológico e espiritual para que consigam recuperar o equilíbrio.
Na esfera espiritual, o atendimento fraterno, a fluidoterapia e o encaminhamento à atividades desobsessiva, que esclarece e busca encaminhar o agente perturbador externo, o obsessor, o labor de socialização ao paciente através de grupos de apoio, de atividades espirituais onde encontrará compreensão, fraternidade e respeito humano que o impulsionarão ao encontro de si mesmo em clima de paz, libertando-se da depressão.
O envolvimento do depressivo nesta rede de apoio médico, psicológico e espiritual irá lhe ajudar a evitar o suicídio que para ele, sem todo este apoio, seria inevitável.
O depressivo se compraz de maneira enfermiça, em fixar-se nas experiências negativas do passado, desperdiçando tempo, energia e oportunidades.
O ideal para o ser humano é procurar viver sem tristeza pelo passado e sem ansiedade negativa pelo futuro. Valorizar o presente, por mais difícil que ele se apresente, vivendo intensamente cada instante com otimismo lembrando sempre: tudo passa.
O depressivo se compraz em pensar no que é negativo, prejudicial. O pensamento negativo, longamente cultivado, conduz à tristeza profunda, com isso as suas resistências morais e espirituais enfraquecem.
Sem resistências morais e espirituais, os problemas naturais da vida deixam a pessoa consumir-se pela revolta, o egoísmo e sucumbem sob o peso da depressão e amargura.
O suicídio geralmente é decorrência da rebeldia, quando a pessoa vê desatendida as suas exigências, entregando-se a este nefasto mecanismo de fuga. Essa atitude não representa a solução para os problemas e desafios da vida que todos precisam enfrentar na marcha evolutiva do espírito imortal.
Grande desapontamento aguarda o espírito do suicida quando ele se dá conta que a vida continua e os seus problemas só aumentaram. A decepção e o sofrimento levam tempo, na espiritualidade para serem amenizados.
O sofrimento é uma ocorrência inevitável na existência humana. Vigiar as nascentes do coração, dos sentimentos evitando, pela prece e boas ações, a queda nas sutilezas cruéis dos tormentos. Diante da dificuldade é necessário refletir e buscar agir certo.
Meditar antes da precipitada reação que consome a esperança e a paz. Mesmo sob provas difíceis a pessoa precisa considerar o valor do tempo e ter a certeza de que tudo passa, que melhores dias virão. Há reparações na vida que são invitáveis que tem raízes em existências anteriores. É preciso paciência e coragem.
A palavra fraterna e encorajadora muito ajuda quem esta sofrendo, a prece intercessória e a bondade amiga podem modificar muitas situações que avançam para o suicídio.

COMO FAZER A PREVENÇÃO DO SUICÍDIO.
O lar é fundamental para a construção um caráter sólido nos filhos. Os pais devem ser as primeiras autoridades que os filhos aprendem as respeitar e acatar. Eles representam Deus na Terra e precisam encaminhar os filhos ao legitimo cumprimento do dever além de não descurar da educação moral e espiritual dos mesmos.
Os filhos precisam do pão espiritual tanto quando do alimento material. Precisam nutrir o corpo e o espírito.
Orar, no lar, com os filhos desde pequenos falar em Deus e suas leis eternas, mostrar a Natureza como a prova da existência de Deus, conversar sobre Jesus, nosso irmão e Mestre, nutrir a alma do filho com fé e esperança desde o nascimento até a juventude.
A escassa educação moral numa família destituída da verdadeira iluminação cristã, com pais desatentos que não corrigem as inclinações perniciosas dos filhos, favorecem as ocasiões de desequilíbrios desesperados em que eles tombam ao primeiro choque de contrariedade tão comum na vida social.
Os filhos precisam aprender a superar as tristezas, as perdas, não serem satisfeitos em todas as suas exigências. Ensinar os filhos a perder e encontrar novos caminhos. Fazer os filhos experienciarem os momentos difíceis que a família as vezes passa, compartilhar com eles a dor e o esforço que se faz para superá-la.
Ensinar que é possível ser feliz desde que aceitem os acontecimentos da vida conforme se apresentam, a enfrentar o infortúnio com naturalidade, e que o bem estar íntimo independe de fatores externos. Que nossa alma possui um reservatório de forças espirituais que nos ajudam a superar os problemas.
A criança tem necessidade de ser amada, protegida, nutrida, orientada para que possa desenvolver os sentimentos da afetividade, da harmonia, da saúde, do discernimento. Esses valores ele recebe dos pais, da família e da sociedade. Se ela experimentar carência afetiva desenvolve quadros patológicos, na infância ou na juventude, necessitando terapias psicossomáticas, espirituais e morais para libertar-se da opressão e o desequilíbrio.
O amor é alimento para a vida, acalma, dá segurança reabastece de forças a pessoa.
Se na fase da gestação o espírito experenciou a amargura da mãe que não desejava o filho, o pai violento, familiares irresponsáveis e os atritos domésticos difíceis provocando insegurança no processo de gestação, mais tarde irá se manifestar traumas, conflitos, transtornos de comportamentos.
No perispírito, os fatores necessários à evolução do ser, que oportunamente se manifestarão: culpa e mágoa, desrespeito por si mesmo, depressão e autocídio, ficam impressos nas células.
Ocorrem, também, nascimentos de espíritos predispostos por hereditariedade a serem depressivos, pois carregam graves procedimentos negativos de vidas passadas. No transcorrer da vida vão liberar estes traumas que precisarão ser tratados pela psicoterapia. Um atendimento terapêutico bem orientado eliminará a consciência a culpa e abrirá espaço para o otimismo, a autoestima, a valorizar-se a si mesmo e a conquistar novos desafios que a saúde emocional vai lhe proporcionar.
Com isso, a pessoa desequilibrada que sente muita melancolia, insegurança e receios infundados que a desestabiliza encontrará novos desafios edificantes aprendendo a enfrentar as dificuldades, desenvolvendo o habito da boa leitura, da oração entrando em sintonia com Deus, a fazer o bem, a ter relacionamentos fraternos e manter conversações edificantes.
Pessoas que foram vítimas de ambiente emocional duramente severo, a partir do parto e na infância, pois sofreram imposições descabidas e tiveram que obedecer, sem pensar, para se livrarem das imposições e castigos dos adultos oprimindo emoções e sentimentos, na adolescência e na idade adulta podem apresentar a loucura e suicídio como solução para o sofrimento.
As exigências exageradas da mãe, na época infantil, na área da higiene, exigindo obediência irracional a horários rígidos, incluindo as funções intestinais, mãe que negou afeto e a identificação emocional tornam o filho extremamente carente e com desajuste psicológico, emocional e físico.
Pessoas submetidas a abuso emocional severo na infância, verbalizado por: “não devia ter nascido”, “não serve para nada”, “tu és um zero à esquerda”... ou sendo cobradas excessivamente, têm 20 vezes mais chances de tentar suicídio. O abuso sexual severo tem um risco ainda maior. O mais intenso é o abuso emocional. O poder da palavra é mais marcante que o poder da punição física.
Tem havido aumento considerável de suicídio entre crianças e adolescentes dos 9 aos 19 anos. Um dos motivos desencadeadores é a questão do rendimento escolar, a pressão familiar e social e o uso do bullying, que estigmatiza o jovem na escola e na sociedade, provocando o isolamento social. Outro fato importante é a pessoa “se sentir um peso” no ambiente familiar e não receber atenção, diálogo, afeto...
O introvertido sofre quieto, não consegue externar o drama que o consome. Nem todos a sua volta tem paciência de ouvir, sem julgar. Muitas vezes é só ouvir o outro falar, não contestar ou dar receitas prontas: “é isso”, “é aquilo”, “falta Deus”...
Ele precisa ouvir: “Vamos conversar, eu vou te ajudar, eu vou com você.” O que ajuda é a pessoa sentir que está sendo ouvida e compreendida. O que quer ajudar precisa ter empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro e perceber, na integra, seu sofrimento. É o primeiro passo da ajuda, o segundo passo encaminhar ao tratamento e depois acompanhar o doente que está muito deprimido e não encontra motivação para se ajudar.
Há casos de pessoas que permanece impressa no inconsciente pessoal, nos refolhos do perispírito, a dívida moral do passado e que entram em sintonia com as suas antigas vítimas que estão na espiritualidade e passam a assimilar as ondas mentais deletérias, de vingança, emitidas por essas entidades. É um processo depurador que precisa acontecer mas que necessita do auxílio em forma de tratamento psiquiátrico, psicológico e espiritual.
A família, ou amigos, constando a dificuldade da pessoa e o risco que ela corre de cometer o suicídio, precisam encaminhá-la, amorosamente, mas com firmeza, para tratamento nas terapêuticas: psiquiátrica, psicológica e espiritual para que ela possa recuperar-se do atroz sofrimento.
O depressivo não consegue canalizar os instintos agressivos de ódio, raiva, tristeza, de forma adequada, vivendo fenômenos neuróticos que o deprimem.
Cultiva ressentimento que lhe perturba o sistema emocional. Não perdoa quem lhe fez sofrer, dá guarida ao ódio que o consome, tornando sua existência como a do outro num verdadeiro inferno. De forma irracional, sua mente trabalha pela destruição de seu oponente, inimigo, real ou imaginário. Mesmo derrotando quem é alvo do seu ódio, não sossega.
Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra quem odeia, volta-se contra si mesmo articulando mecanismo de autodestruição, pensando vingar-se da família e da sociedade.
O ódio cultivado na mente pressiona a pessoa que se frustra levando-a ao suicídio. É um gesto covarde, de suprema rebeldia provocando o encerramento da vida física.
Na doença depressiva, o enfermo tem embutido muito sentimento de ódio, revolta, às vezes de causa indefinida, sem ele dar-se conta. Apresenta então a indiferença pela vida, o temor de enfrentar situações novas, de sofrer novas frustrações. Na verdade o pessimismo disfarça mágoas, ressentimentos e contrariedades não elaboradas pela mente doente. Ele sente anseio por interromper o ciclo existencial de forma prepotente, buscando causar impacto como seu gesto para que os outros tenham sentimento de culpa.

UM MAL QUE PRECISA TORNAR-SE VÍSIVEL
O dia Mundial de prevenção do Suicídio é 10 de setembro, o mês é chamado de Setembro Amarelo, amarelo expressa atenção, cuidado, e tem por objetivo estimular a prevenção das mortes por suicídio. A Campanha foi iniciada em 2014 pelo Centro de Valorização da vida, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria, que tem por slogan: “Falar é a melhor solução”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, nove em cada dez casos poderiam ser evitados. O diálogo é considerado a primeira atitude para interromper a tendência ao suicídio.
O suicídio é encarado erroneamente, como uma falência pessoal. Na realidade é como ficar doente, é uma doença mental cuja tendência precisa ser tratada. Há tratamento eficaz que livra a pessoa da inclinação à autodestruição. O paciente passa por uma desordem mental e emocional e a tendência a essa atitude é um sintoma. Os que convivem com a pessoa com esse desequilíbrio precisam aprender a identificar evidências sutis que ameaçam a vida.
Se a pessoa começa expressar: “... a vida não vale a pena”, “eu só dou trabalho aos outros”, “seria melhor estar morto...” etc., logo questionar: “O que tu estas pensando?” Estimular o diálogo e propor: “Vamos procurar ajuda?”.
Quando a pessoa externa tais pensamentos não está em busca de atenção, nem querendo aparecer, ela esta em grande sofrimento moral, espiritual e emocional e quer ajuda, apoio, um ombro amigo para chorar e desabafar, não é brincadeira...
O mesmo cuidado devemos ter com o amigo que posta nas redes sociais: “Quero morrer”,... “não aguento mais”, “minha vida não tem sentido”...
Segundo o “Guia de Prevenção ao Suicídio” editado pela Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul em parceria como ministério da Saúde 15% a 25% das pessoas que tentam suicidar-se e são salvas pelo atendimento médico adequado, cometem nova tentativa no ano seguinte e 10% delas conseguem se matar nos próximos dez anos.
Há, muitas vezes, falta de sensibilidade dos profissionais que atendem as pessoas que atentaram contra a vida. Não deixa de ser uma forma inaceitável de bullying. Na literatura médica, consta que 90% dos casos concretos de suicídio estão associados a transtornos mentais, mas a depressão não é a única causa responsável, há associações com outros fatores como o uso de álcool e drogas que potencializam o perigo.
Além do tratamento psiquiátrico e psicológico, a pessoa com risco de suicídio necessita de acompanhamento moral e espiritual. Ela precisa ser estimulada a acessar sua espiritualidade básica que independe de religião institucional, e reaviva a ideia de Deus e da imortalidade da alma que são inatas no ser humano, mas que muitas vezes não desabrocham no âmago do espírito, porque não foram estimuladas.
A prece sincera, dirigida a Deus, pedindo auxílio é um recurso que fortalece a vontade de melhorar, encontrar novos rumos e livrar-se da influência perniciosa de outras mentes.
O atendimento fraterno na instituição religiosa, que vai permitir ao paciente externar sua dor, seu sofrimento, seu desencanto pela vida, vai lhe proporcionar alivio e esperança. A aplicação de fluidoterapia, doação de fluidos saudáveis, da água magnetizada e o atendimento espiritual desobsessivo vão representar um suporte positivo ao tratamento médico e medicamentoso indispensável no combate à depressão.
A audição de palestras edificantes e leituras esclarecedoras sobre o verdadeiro sentido d vida e o envolvimento em atividades beneméritas, darão suporte positivo a uma mudança de compreensão da vida e do sofrimento.
Segundo Joanna de Ângelis, no livro Plenitude página 77/78: “as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde, na sua relativa manutenção, mas, somente os fatores internos que respondem pelo comportamento emocional e social podem criar condições permanentes de bem estar, erradicando causas penosas, proporcionando outras novas que compensarão aquelas, se não superadas, promovendo o equilíbrio estrutural do ser.”

ALERTAS DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE MENTAL

Os profissionais da área de psiquiatria esclarecem:
Como identificar uma pessoa com depressão
Se alguém apresentar cinco dos sinais abaixo por duas semanas ou mais, pode estar precisando de ajuda:
  • Tristeza profunda
  • Choro fácil
  • Sentimento de vazio interno
  • Irritabilidade (principalmente em crianças e adolescentes)
  • Pessimismo
  • Sentimento de culpa
  • Falta de interesse (por lazer, esporte, sexo, etc)
  • Falta de energia
  • Problemas de memória e atenção
  • Insônia ou fadiga
  • Mudança de apetite e peso
  • Irritação
  • Dores de cabeça
  • Pensamentos sobre morte

O que é preciso levar em conta:
Grupo de risco
  1. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.
  2. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.
  3. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.
  4. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO COMPORTAMENTO SUICÍDA.
  • Doenças mentais
  • Depressão
  • Transtorno bipolar
  • Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias
  • Transtornos de personalidade
  • Esquizofrenia
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
  • Perdas recentes
  • Pouca resiliência
  • Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável.
  • Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância
  • Desesperança, desespero e desamparo.

CONDIÇÃO DE SAÚDE LIMITANTE
  • Doenças orgânicas incapacitantes
  • Dor crônica
  • Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Huntington)
  • Trauma medular
  • Tumores malignos
  • AIDS
PONTOS DE ALERTA
  • Tentativa anterior de suicídio.
  • Ter familiares que tentaram ou se suicidaram.
  • Ter planos de suicídio.
Fonte: Associação Brasileira de estudos e Prevenção do Suicídio, Associação Brasileira de Psiquiatria, Movimento Conte Comigo.

ONDE BUSCAR AJUDA
  • Centro de Valorização da Vida
  • Oferece ajuda por telefone, chat, skype, email e presencialmente
  • Facebook.com/cvv141

Telefone 141 ( 24 horas, para todo o país, pago)
Telefone 188 (gratuito, apenas para o RS)

COMO FICA O SUICIDA NA ESPIRITUALIDADE
No livro “O Céu e o Inferno” ou “A Justiça divina Segundo o Espiritismo”, no qual Allan Kardec apresenta o exame comparado sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual e as penas e recompensas futuras, seguindo de numerosos exemplos sobre a situação real da alma durante e após a morte, encontramos no Capitulo V, da Segunda Parte, exemplos de manifestações mediúnicas de suicidas. Nove manifestações são analisadas, donde conclui-se que não há regra uniforme e absoluta sobre o que se passa com o suicida no retorno brusco ao plano espiritual. Cada caso é um caso diferente, foi movido por causas diferentes. Em principio, o homem não tem o direito de dispor de sua vida fica porque esta lhe foi concedida tendo em vista os deveres que deveria cumprir na Terra, não deveria abreviá-la voluntariamente sob nenhum pretexto. Como tem o seu livre arbítrio, ninguém pode impedi-lo, mas sofrerá sempre as consequências. O suicídio mais severamente punido é o que foi causado pelo desespero para livrar-se dos problemas da vida, problemas e misérias que são provas e expiações e foram aceitas pelo espírito antes da reencarnação, que representam a missão que ele deveria cumprir. Ele, por decisão própria, rebela-se e recua diante dos desafios da vida. Muitas vezes leviano e inconsequente e farto da vida que se negou a compreender, aventura-se ao desconhecido, a procura de esquecimento pela morte.
É preciso lembrar que suicida não é somente aquele que pratica o ato voluntário que produz a morte física mas em tudo que se faz de equivocado e que prematuramente extingue as forças vitais do corpo, diminuindo o período da encarnação. É um suicídio indireto.
No livro “Memórias de um Suicida”, psicografado pela médium Ivone A. Pereira e ditado pelo Espírito Camilo Cândido Botelho onde reune verdadeira reportagem relativa a casos de suicídio e suas tristes consequências na espiritualidade.
A leitura do livro mostra que sempre há um caminho longo de reconstrução para os que se arrependem de seu funesto ato. A reabilitação é possível, não se pode perder a esperança.
A obra esclarece que o espírito Maria, mãe de Jesus, dirige organizações espirituais destinadas a amparar espíritos suicidas, coordenando a Legião dos Servos de Maria.
Esta Legião de Servos de Maria visita, periodicamente, as regiões umbralinas, onde muitos espíritos suicidas ficam retidos e lá recolhem para tratamento, em hospitais de colônias espirituais especializadas, aqueles suicidas que já tiveram esgotadas a sua cota de fluido vital prevista para a vida física que interromperam bruscamente.
Esclarece o livro que o suicida expiará as consequências naturais do ato, reparará os desastres ocasionados a si mesmo, amargará sacrifícios e lágrimas, herança lógica do desatino praticado, até que consiga forças vibratórias suficientes para obter da Providência Divina a oportunidade de nova encarnação e receber, por empréstimo, novo corpo, para recomeçar o caminho da evolução, interrompido pelo suicídio.
No capitulo XXVII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, item 21, explica: “O homem sofre sempre as consequências de suas faltas; não há uma só infração à Lei de Deus que fique sem a correspondente punição. A severidade do castigo é proporcional a gravidade da falta. Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e o seu retorno à senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal.... Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança... necessário a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito.”
As preces dos familiares e amigos caem como um bálsamo de luz no espírito do suicida. É uma grande caridade orar pedindo a Deus e aos bons espíritos que amparem o mesmo, envolvendo-o em luz e harmonia.
No livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, no capítulo XXVIII – Coletânea de Preces Espíritas, Itens 42-43, 62-63, 64-65, e 71,72, o familiar ou amigo do suicida encontrará subsídios pra ajudar, pela prece, o espírito amado que necessita de ajuda para se reerguer perante a lei Divina.
Gladis Pedersen de Oliveira,
Escritora.


Bibliografia
01. FRANCO, Divaldo Pereira/Joanna de Ângelis.
- Plenitude - Leal, 2000;
- Triunfo Pessoal – Leal, 2000;
- Auto descobrimento – Leal, 2000;
- Receitas de Paz – Leal, 1984;
- O Homem Integral – Leal, 2001;
- Momentos de Felicidade – Leal, 2001;
- O Ser Consciente – Leal, 2001.
02. KARDEC, Allan –
- O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB.;
- O Livro dos Espíritos – IDE 1974;
- O Céu e o Inferno – IDE 2015;
03. CLARO, Izaias – Depressão, causas, consequências e tratamento – Clarim, 1999.
04. Jornal Zero Hora – DOC – A Reportagem no Foco Converse, não Ignore – Um mal invisível. 11/09/2016 – Texto de Letícia Duarte.
05. OLIVEIRA, Gladis Pedersen. Educação a Arte de Manejar o Caráter, Olsen, 2015.
- Cartilha para os Pais sobre a Educação Moral, Emocional e Espiritual e a Construção do Caráter dos Filhos, Olsen, 2015.
06. PEREIRA, Ivone A. Memórias de um Suicida, FEB, 2014.
Texto Gladis Pedersen de Oliveira em 10/10/2016.

Um comentário:

Deixe aqui sua opinião: