terça-feira, 7 de outubro de 2014

A VINDA DE JESUS

A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.

Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.

Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precedera.

As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de Maria, tem sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa-Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida; poderia, Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.

Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção.
As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.

O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou de sua contribuição.

Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.

Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.

Dele asseveravam os profetas de Israel, muito antes da manjedoura e do Calvário:

- “Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza;

Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto.

Coberto de ignomínias, não merecerá consideração;

É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores;

Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção.

Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniqüidades.

Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício;

O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio;

Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos”.


EMMANUEL/FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

(Diogenes Pastre Camargo)

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