Noite alta..... Por
fora de um telheiro,
O pequeno Juquinha
morre ao vento...
Enjeitado e sozinho...
Está sedento,
Nas aflições do
instante derradeiro.
Lembra os dias de
humilde jornaleiro,
Pensa vender notícias
ao relento,
Geme e delira, olhando
o firmamento.
Nisso, aparece
um jovem no terreiro...
Vem de manso e convida:
– “Vem,
Juquinha!...”
O pobre larga o corpo
a que se aninha...
– “Quem é você?”
– pergunta,
ri-se e chora!...
– “Sou Jesus!...”
– diz o moço,
ao dar-lhe o braço...
E os dois sobem na luz
do imenso espaço,
Numa estrada de lírios
cor de aurora!...
(Extraído do livro
“Poetas Redivivos”, psicografado por Francisco Cândido Xavier.)
Tranquilo e sereno como um aceno de esperança!
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