quarta-feira, 26 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Delinquência

Examinando de frente os erros e deficiências que ainda nos caracterizam a tela social no caminho humano, o delinquente confesso é, quase sempre, o fruto envenenado que inadvertidamente ajudamos a surgir e amadurecer, na plantação de nossos próprios desajustes.

          Antes de sentenciá-lo a penas de efeitos imprevisíveis, deixa que a compaixão te inspire o juízo inseguro, para que te não falte a bênção da piedade no dia em que a sombra te venha bater à porta.

          Lembra-te de que, diante da Lei, a criminalidade não é apenas aquela que comparece à barra dos tribunais que o mundo improvisa...

          Recorda, quantas vezes, aniquilamos a esperança do companheiro com a palavra insensata.

          Em quantas ocasiões teremos eliminado a lavoura promissora da fé no espírito dos semelhantes com a lâmina dos maus exemplos.

          Rememora as múltiplas estradas em que a alegria dos outros terá desaparecido ao contacto dos raios destruidores de nossa intemperança mental.

          Não olvides o furto impensado que em muitas circunstâncias impomos a quem trabalha na fraternidade e na paz, subtraindo-lhe o tempo.

O QUE DESEJARIAM PARA SUAS VIDAS E LIMITES SAUDÁVEIS

Sonhar


Ele era um jovem que morava no Centro-Oeste dos Estados Unidos.
Por ser filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase nômade, mas desejava estudar.
Perseguia o ideal da cultura.
Dormia nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos e, nos intervalos, à noite, procurava a escola para iluminar a sua inteligência.
Em uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à classe que cada aluno relatasse o seu sonho.
O que desejariam para suas vidas.
O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas.
Desejava, no futuro, possuir uma área de oitenta hectares e morar numa enorme casa de quatrocentos metros quadrados. Desejava ter uma família muito bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar. Tudo nos mínimos detalhes.
Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Amar é sofrer?

Quem disse que “amar é sofrer” jamais amou.

O beijo do ar da madrugada desperta a vida que dorme.

O sorriso da lua engrinaldada de estrelas diminui as sombras.

A carícia do sol vitaliza todas as coisas.

E a chuva que lava a terra, e reverdece o chão, e abençoa o mundo, correndo no rio, esvoaçando na nuvem esgarçada, são as tuas expressões de amor, construtor real, demonstrando o teu poder, a tua grandeza e a minha pequenez.

Quem ama, sempre doa, e não sofre, porque ama.

Quem diz que amar é sofrer ainda está esperando pelo amor e jamais amou.

* * *

As palavras do poeta Tagore são fortes. Desafiam todos os autores que até hoje cantaram, emocionados, as dores do amor.

E foram tantos... E ainda são.

O amor do mundo sempre esteve vinculado à dor, pois sempre foi um amorapego, um amor posse, um amor desespero.

Agia-se no ímpeto por amor, e lá vinha a dor. Esperava-se indefinidamente por amor, e lá se iam anos de sofrer silencioso.

Nossa arte revela isso de forma magistral: o ser humano tentando sobreviveramando dessa forma.

Plantando no deserto

Será possível transformar terras áridas em regiões produtivas?

Yacouba Sawadogo, vivendo no país africano de Burkina Faso, estava cansado de ver suas plantações acabando por causa da terra ruim.

Mesmo ridicularizado por seus vizinhos, na década de oitenta, ele decidiu colocar em prática um antigo ensinamento, conhecido como Zai.

Realizando o oposto do que se poderia imaginar, seguindo um raciocínio lógico, ele começou a preparar o terreno durante o período da seca.

A técnica consistia em abrir pequenos buracos no chão, próximos uns aos outros, preenchendo-os com adubos e fezes de animais.

Essas aberturas têm a capacidade de reter a água da chuva e manter uma espécie de reserva. As sementes de árvores ali plantadas, crescem normalmente.

O fato é que, vinte anos depois, as terras de Sawadogo estavam produtivas e ele tinha uma floresta de trinta hectares, com mais de sessenta espécies de árvores.

De forma solidária, ao perceber que sua estratégia estava funcionando, o fazendeiro africano passou a organizar palestras em suas terras, a fim de ensinar a técnica a quem se interessasse.

O cineasta Mark Dodd criou um documentário, narrando a história do homem que parou o deserto, contando como ele sozinho salvou a vida de uma das regiões consideradas mais desérticas de todo o mundo.

Divulgada a prática, Sawadogo passou a receber doações do mundo inteiro, com a finalidade de investir em suas pesquisas e em uso de técnicas como as de escoamento lento, que leva água de poço à terra.

O reino que ainda não é deste mundo

Pôncio Pilatos era procurador da província romana da Judeia, desde o ano 26. Fora nomeado pelo imperador Tiberius Claudius Nero Cesar, que subira ao poder em 18 de setembro do ano 14.

Habitualmente, o procurador ficava na cidade marítima de Cesareia. No entanto, em certas oportunidades, com a finalidade de manter a ordem pública, vinha a Jerusalém.

Estava pois ele residindo no Castelo Antônia, também chamado Pretório.

Naquele dia, mal abrira Pilatos as portas do Pretório, quando se apresentaram os sumos sacerdotes com seu prisioneiro, Jesus de Nazaré.

E porque Pilatos lhes indagasse o que tinham contra aquele homem, responderam que Ele fora encontrado a amotinar o povo, a proibir de pagar tributo a César e a afirmar que era o Cristo, o Rei.

As acusações são inéditas pois até então, enquanto Jesus estivera à frente de Anás e Caifás, fora interrogado, espancado, mas a única acusação que lhe haviam imputado fora de blasfêmia.

Agora, perante a autoridade civil, eles engendram acusações de caráter político e social.

O procurador refletiu por uns momentos. Depois, levando consigo a Jesus, retirou-se para o interior da sala do Pretório, a fim de conferenciar a sós com o acusado.

Ali, naquele momento, defrontavam-se os representantes das duas maiores potências da Terra: o procurador do império romano, que dominava a Europa, a Ásia e a África; e aquele que era o Governador da Terra, o Rei Solar.

Com a perspicácia do romano, Pilatos se preocupa com somente uma das três acusações: a realeza de Jesus. Isso porque se Ele fosse rei, natural que abrisse uma campanha contra os coletores de tributos romanos.

Por isso, lhe indaga: És tu rei dos judeus?

ATENDEMOS AO SENHOR

ATENDEMOS AO SENHOR


Deixa que a claridade do Evangelho penetre o teu coração, cada dia, a fim de que os teus pensamentos e atos sejam a carta que diriges ao Mundo e à Humanidade, em nome do Mestre Divino, a cuja sabedoria te afeiçoas.

Se recebeste o aviso da Boa Nova e se soubeste ouvir os apelos do amigo Sublime, não vaciles na execução do mandato de amor que o Céu te confia.

A Terra aguarda o nosso testemunho de boa vontade, à maneira do campo que espera, ansioso, a devoção do cultivador.

Não hesites.

Ao redor de teus passos, a começar de teu próprio ambiente doméstico, há cipoais de aflição e charco de angústias, espinheiros de discórdia e pedregulhos de incompreensão, desafiando-te a capacidade de servir.

Escutemos o Celeste Orientador e retiremo-nos da torre escura em que o nosso “eu” se refugia para o exame sistemático das consciências alheias, de modo a ombrearmos fraternalmente com todos aqueles que reclamam nosso entendimento e cooperação.

Hoje mesmo é dia de começar.

Preceitos de Paz

Agora é o seu mais belo momento de realizar o bem.

Ontem passou e amanhã está por vir.

Qualquer encontro é uma grande oportunidade.

Pense nas sementes minúsculas de que a floresta nasceu.

Não deixe de falar, mas aprenda a ouvir.

Quem sabe escutar pacientemente, encontra pistas notáveis para o êxito no serviço que abraçou.

Fuja de cultivar conversações menos dignas.

O interlocutor terá vindo buscar o seu respeito a Deus e à vida, a fim de equilibra-se.

Não dê tempo às lamentações.

Meia hora de trabalho, no auxílio ao próximo, muitas vezes consegue alterar profundamente os nossos destinos.

Não mostre um rosto triste.

sábado, 1 de novembro de 2014

Atividade de hoje, às 20h

Traga uma garrafa transparente com água para ser fluidificada.







Juquinha, de Cornélio Pires

Noite alta..... Por fora de um telheiro,
O pequeno Juquinha
morre ao vento...
Enjeitado e sozinho... Está sedento,
Nas aflições do instante derradeiro.
Lembra os dias de humilde jornaleiro,
Pensa vender notícias ao relento,
Geme e delira, olhando o firmamento.
Nisso, aparece
um jovem no terreiro...
Vem de manso e convida:
– “Vem, Juquinha!...”
O pobre larga o corpo
a que se aninha...