O
Suicídio
Causas
e consequências
Como
remediar
Como
prevenir
Visão
espírita
O
que é o homem no conceito espírita?
Ele é composto dos seguintes elementos: o corpo, o
fluido vital que o compõe, o perispírito e o espírito.
O espírito é o princípio inteligente, criado por
Deus, força indivisível que busca a perfeição relativa. O
perispírito é o envoltório do espírito, substância semi-material
com a qual o espírito pode transportar-se aonde quer e onde são
gravados os resultados do processo evolutivo do ser humano, as
experiências existenciais nele são fixadas como reflexos
condicionados psicossomáticos que são condutores dos processos
mentais e fisiológicos.
O corpo físico está ligado ao perispírito pelo
sistema nervoso que serve de veículo para impressionar o mesmo que
registra os automatismos fisiológicos e os fatos de ordem psíquica,
como a memória os inconscientes passado e atual.
O verdadeiro responsável pela existência e
funcionamento do ser é o espírito, que é criado por Deus como
Centelha Divina, que emana do Criador e que possui o pensamento, o
sentimento, o livre arbítrio, a memória e a vontade.
O espírito encarnado apresenta-se envolto pelo
perispírito e pelo corpo físico. Pela morte, ele se desfaz do corpo
material mantendo-se vivo e envolto pelo perispírito que possui o
registro de todas as experiências e conquistas do espírito e as
conserva.
O perispírito é indestrutível e conserva, depois da
morte, todas as aquisições terrestres. Nele ficam gravados todos os
processos evolutivos fixados todos como reflexos condicionados
psicossomáticos.
O espírito, ao reencarnar, instala nos implementos da
organização psíquica os fatores genéticos que impelem e predispõe
desconcertos que degeneram em estados de perturbação e
desequilíbrio. Em face aos complexos de culpa e dos compromissos
negativos que são mantidos de outras encarnações, propicia a
sintonia com Entidades perversas e viciosas que se encarregam de
desencadear processos de desequilíbrio, espiritual e psicológico
através de obsessões.
O suicídio, muitas vezes, é a etapa final das
patologias psíquicas.
No corpo físico, o cérebro é o órgão, a casa mental
através da qual o espírito atua na encarnação. Ele apresenta-se
dividido em três partes: o subconsciente, o consciente e o
superconsciente.
O subconsciente, na base, contem o porão da
individualidade, o arquivo das experiências do espírito, os
impulsos automáticos, os hábitos, o automatismo e armazena o
passado desta e de outras encarnações.
O consciente, localizado na região do córtex motor,
reúne as conquistas atuais, representa o presente, o esforço, a
vontade.
O superconsciente, nos lobos frontais reúne materiais
de ordem sublime, espiritual, as emoções superiores, o ideal, o
futuro luminoso a ser atingido.
No subconsciente estão arquivados todas as informações
das vidas passadas e o passado da vida atual e as emoções por essas
vivências provocadas.
As emoções guardadas no subconsciente, quando não
trabalhadas convenientemente, passam a governar a vida do encarnado
podendo desencadear DEPRESSÃO.
São os ressentimentos, os ódios, os sentimentos de
culpa pelos erros cometidos em vidas anteriores ou na atual
encarnação, que estão armazenadas no inconsciente.
A pessoa depressiva é alguém que traz a mente fixada
no passado triste e sombrio, que se compraz em recordar situações
afligentes.
Vivem amarguradas, tristes isolados.
O pensamento consciente, lúcido, é uma boa semente que
é lançada na terra fértil do subconsciente. A parte consciente da
mente tem a função de pensar, dirigir, lançar ideias certas para o
subconsciente, que, por sua vez, tem a função de fazer brotar ou
realizar o que a mente consciente lhe estimula.
O pensamento é uma grande energia, uma semente
poderosa. O subconsciente é o receptor e transmissor do que a mente
consciente lhe ordena ou sugere, pelo pensamento.
“Os exercícios frequentes de pensamentos otimistas
com reflexão, caminhadas em bosques ou à beira-mar, auxílio
fraterno em obras de ajuda social e moral, entre outros, são de
excelente resultado para a liberação da amargura. Igualmente, a
elaboração de programas de auto-estima, a participação em labores
com grupos de apoio, tornam-se estimulantes para o restabelecimento
da saúde emocional do indivíduo, livrando-o do azedume e das
sequelas da amargura.” Joanna de Ângelis, Autodescobrimento uma
busca interior, pg. 134.
Quando ocorre a concepção e inicia-se a gestação do
espírito reencarnante, são impressos no perispírito, nas primeiras
células, os fatores necessários à evolução do ser, que
oportunamente irão se manifestar, em forma de depressão com base no
sentimento de culpa e mágoa, de desrespeito por si mesmo, de
suicídio, e outros equívocos de vidas passadas do reencarnante.
Muitos espíritos que reencarnam conduzem lembranças
que precisam ser trabalhadas incessantemente, e que se apresentam
como melancolia, insegurança, receios infundados e revoltas íntimas
pelas quais perdem o equilíbrio emocional.
Nesta fase gestacional o reencarnante absorve a
quantidade de fluido vital para manter-se no corpo até o final da
encarnação.
As pessoas que apresentam distúrbios emocionais e
psicológicos que se expressam na depressão grave necessitam de
cuidados, sob orientação psiquiátrica, que lhes indicará a
medicação necessária ao reequilíbrio físico e emocional, bem
como o atendimento psicológico e espiritual para que consigam
recuperar o equilíbrio.
Na esfera espiritual, o atendimento fraterno, a
fluidoterapia e o encaminhamento à atividades desobsessiva, que
esclarece e busca encaminhar o agente perturbador externo, o
obsessor, o labor de socialização ao paciente através de grupos de
apoio, de atividades espirituais onde encontrará compreensão,
fraternidade e respeito humano que o impulsionarão ao encontro de si
mesmo em clima de paz, libertando-se da depressão.
O envolvimento do depressivo nesta rede de apoio médico,
psicológico e espiritual irá lhe ajudar a evitar o suicídio que
para ele, sem todo este apoio, seria inevitável.
O depressivo se compraz de maneira enfermiça, em
fixar-se nas experiências negativas do passado, desperdiçando
tempo, energia e oportunidades.
O ideal para o ser humano é procurar viver sem tristeza
pelo passado e sem ansiedade negativa pelo futuro. Valorizar o
presente, por mais difícil que ele se apresente, vivendo
intensamente cada instante com otimismo lembrando sempre: tudo passa.
O depressivo se compraz em pensar no que é negativo,
prejudicial. O pensamento negativo, longamente cultivado, conduz à
tristeza profunda, com isso as suas resistências morais e
espirituais enfraquecem.
Sem resistências morais e espirituais, os problemas
naturais da vida deixam a pessoa consumir-se pela revolta, o egoísmo
e sucumbem sob o peso da depressão e amargura.
O suicídio geralmente é decorrência da rebeldia,
quando a pessoa vê desatendida as suas exigências, entregando-se a
este nefasto mecanismo de fuga. Essa atitude não representa a
solução para os problemas e desafios da vida que todos precisam
enfrentar na marcha evolutiva do espírito imortal.
Grande desapontamento aguarda o espírito do suicida
quando ele se dá conta que a vida continua e os seus problemas só
aumentaram. A decepção e o sofrimento levam tempo, na
espiritualidade para serem amenizados.
O sofrimento é uma ocorrência inevitável na
existência humana. Vigiar as nascentes do coração, dos sentimentos
evitando, pela prece e boas ações, a queda nas sutilezas cruéis
dos tormentos. Diante da dificuldade é necessário refletir e buscar
agir certo.
Meditar antes da precipitada reação que consome a
esperança e a paz. Mesmo sob provas difíceis a pessoa precisa
considerar o valor do tempo e ter a certeza de que tudo passa, que
melhores dias virão. Há reparações na vida que são invitáveis
que tem raízes em existências anteriores. É preciso paciência e
coragem.
A palavra fraterna e encorajadora muito ajuda quem esta
sofrendo, a prece intercessória e a bondade amiga podem modificar
muitas situações que avançam para o suicídio.
COMO FAZER A PREVENÇÃO DO
SUICÍDIO.
O lar é fundamental para a construção um caráter
sólido nos filhos. Os pais devem ser as primeiras autoridades que os
filhos aprendem as respeitar e acatar. Eles representam Deus na Terra
e precisam encaminhar os filhos ao legitimo cumprimento do dever além
de não descurar da educação moral e espiritual dos mesmos.
Os filhos precisam do pão espiritual tanto quando do
alimento material. Precisam nutrir o corpo e o espírito.
Orar, no lar, com os filhos desde pequenos falar em Deus
e suas leis eternas, mostrar a Natureza como a prova da existência
de Deus, conversar sobre Jesus, nosso irmão e Mestre, nutrir a alma
do filho com fé e esperança desde o nascimento até a juventude.
A escassa educação moral numa família destituída da
verdadeira iluminação cristã, com pais desatentos que não
corrigem as inclinações perniciosas dos filhos, favorecem as
ocasiões de desequilíbrios desesperados em que eles tombam ao
primeiro choque de contrariedade tão comum na vida social.
Os filhos precisam aprender a superar as tristezas, as
perdas, não serem satisfeitos em todas as suas exigências. Ensinar
os filhos a perder e encontrar novos caminhos. Fazer os filhos
experienciarem os momentos difíceis que a família as vezes passa,
compartilhar com eles a dor e o esforço que se faz para superá-la.
Ensinar que é possível ser feliz desde que aceitem os
acontecimentos da vida conforme se apresentam, a enfrentar o
infortúnio com naturalidade, e que o bem estar íntimo independe de
fatores externos. Que nossa alma possui um reservatório de forças
espirituais que nos ajudam a superar os problemas.
A criança tem necessidade de ser amada, protegida,
nutrida, orientada para que possa desenvolver os sentimentos da
afetividade, da harmonia, da saúde, do discernimento. Esses valores
ele recebe dos pais, da família e da sociedade. Se ela experimentar
carência afetiva desenvolve quadros patológicos, na infância ou na
juventude, necessitando terapias psicossomáticas, espirituais e
morais para libertar-se da opressão e o desequilíbrio.
O amor é alimento para a vida, acalma, dá segurança
reabastece de forças a pessoa.
Se na fase da gestação o espírito experenciou a
amargura da mãe que não desejava o filho, o pai violento,
familiares irresponsáveis e os atritos domésticos difíceis
provocando insegurança no processo de gestação, mais tarde irá se
manifestar traumas, conflitos, transtornos de comportamentos.
No perispírito, os fatores necessários à evolução
do ser, que oportunamente se manifestarão: culpa e mágoa,
desrespeito por si mesmo, depressão e autocídio, ficam impressos
nas células.
Ocorrem, também, nascimentos de espíritos predispostos
por hereditariedade a serem depressivos, pois carregam graves
procedimentos negativos de vidas passadas. No transcorrer da vida vão
liberar estes traumas que precisarão ser tratados pela psicoterapia.
Um atendimento terapêutico bem orientado eliminará a consciência a
culpa e abrirá espaço para o otimismo, a autoestima, a valorizar-se
a si mesmo e a conquistar novos desafios que a saúde emocional vai
lhe proporcionar.
Com isso, a pessoa desequilibrada que sente muita
melancolia, insegurança e receios infundados que a desestabiliza
encontrará novos desafios edificantes aprendendo a enfrentar as
dificuldades, desenvolvendo o habito da boa leitura, da oração
entrando em sintonia com Deus, a fazer o bem, a ter relacionamentos
fraternos e manter conversações edificantes.
Pessoas que foram vítimas de ambiente emocional
duramente severo, a partir do parto e na infância, pois sofreram
imposições descabidas e tiveram que obedecer, sem pensar, para se
livrarem das imposições e castigos dos adultos oprimindo emoções
e sentimentos, na adolescência e na idade adulta podem apresentar a
loucura e suicídio como solução para o sofrimento.
As exigências exageradas da mãe, na época infantil,
na área da higiene, exigindo obediência irracional a horários
rígidos, incluindo as funções intestinais, mãe que negou afeto e
a identificação emocional tornam o filho extremamente carente e com
desajuste psicológico, emocional e físico.
Pessoas submetidas a abuso emocional severo na infância,
verbalizado por: “não devia ter nascido”, “não serve para
nada”, “tu és um zero à esquerda”... ou sendo cobradas
excessivamente, têm 20 vezes mais chances de tentar suicídio. O
abuso sexual severo tem um risco ainda maior. O mais intenso é o
abuso emocional. O poder da palavra é mais marcante que o poder da
punição física.
Tem havido aumento considerável de suicídio entre
crianças e adolescentes dos 9 aos 19 anos. Um dos motivos
desencadeadores é a questão do rendimento escolar, a pressão
familiar e social e o uso do bullying, que estigmatiza o jovem na
escola e na sociedade, provocando o isolamento social. Outro fato
importante é a pessoa “se sentir um peso” no ambiente familiar
e não receber atenção, diálogo, afeto...
O introvertido sofre quieto, não consegue externar o
drama que o consome. Nem todos a sua volta tem paciência de ouvir,
sem julgar. Muitas vezes é só ouvir o outro falar, não contestar
ou dar receitas prontas: “é isso”, “é aquilo”, “falta
Deus”...
Ele precisa ouvir: “Vamos conversar, eu vou te ajudar,
eu vou com você.” O que ajuda é a pessoa sentir que está sendo
ouvida e compreendida. O que quer ajudar precisa ter empatia, ou
seja, colocar-se no lugar do outro e perceber, na integra, seu
sofrimento. É o primeiro passo da ajuda, o segundo passo encaminhar
ao tratamento e depois acompanhar o doente que está muito deprimido
e não encontra motivação para se ajudar.
Há casos de pessoas que permanece impressa no
inconsciente pessoal, nos refolhos do perispírito, a dívida moral
do passado e que entram em sintonia com as suas antigas vítimas que
estão na espiritualidade e passam a assimilar as ondas mentais
deletérias, de vingança, emitidas por essas entidades. É um
processo depurador que precisa acontecer mas que necessita do auxílio
em forma de tratamento psiquiátrico, psicológico e espiritual.
A família, ou amigos, constando a dificuldade da pessoa
e o risco que ela corre de cometer o suicídio, precisam
encaminhá-la, amorosamente, mas com firmeza, para tratamento nas
terapêuticas: psiquiátrica, psicológica e espiritual para que ela
possa recuperar-se do atroz sofrimento.
O depressivo não consegue canalizar os instintos
agressivos de ódio, raiva, tristeza, de forma adequada, vivendo
fenômenos neuróticos que o deprimem.
Cultiva ressentimento que lhe perturba o sistema
emocional. Não perdoa quem lhe fez sofrer, dá guarida ao ódio que
o consome, tornando sua existência como a do outro num verdadeiro
inferno. De forma irracional, sua mente trabalha pela destruição de
seu oponente, inimigo, real ou imaginário. Mesmo derrotando quem é
alvo do seu ódio, não sossega.
Quando não pode descarregar as energias em descontrole
contra quem odeia, volta-se contra si mesmo articulando mecanismo de
autodestruição, pensando vingar-se da família e da sociedade.
O ódio cultivado na mente pressiona a pessoa que se
frustra levando-a ao suicídio. É um gesto covarde, de suprema
rebeldia provocando o encerramento da vida física.
Na doença depressiva, o enfermo tem embutido muito
sentimento de ódio, revolta, às vezes de causa indefinida, sem ele
dar-se conta. Apresenta então a indiferença pela vida, o temor de
enfrentar situações novas, de sofrer novas frustrações. Na
verdade o pessimismo disfarça mágoas, ressentimentos e
contrariedades não elaboradas pela mente doente. Ele sente anseio
por interromper o ciclo existencial de forma prepotente, buscando
causar impacto como seu gesto para que os outros tenham sentimento de
culpa.
UM MAL QUE PRECISA TORNAR-SE
VÍSIVEL
O dia Mundial de prevenção do Suicídio é 10 de
setembro, o mês é chamado de Setembro Amarelo, amarelo expressa
atenção, cuidado, e tem por objetivo estimular a prevenção das
mortes por suicídio. A Campanha foi iniciada em 2014 pelo Centro de
Valorização da vida, pelo Conselho Federal de Medicina e pela
Associação Brasileira de Psiquiatria, que tem por slogan: “Falar
é a melhor solução”.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, nove em cada
dez casos poderiam ser evitados. O diálogo é considerado a primeira
atitude para interromper a tendência ao suicídio.
O suicídio é encarado erroneamente, como uma falência
pessoal. Na realidade é como ficar doente, é uma doença mental
cuja tendência precisa ser tratada. Há tratamento eficaz que livra
a pessoa da inclinação à autodestruição. O paciente passa por
uma desordem mental e emocional e a tendência a essa atitude é um
sintoma. Os que convivem com a pessoa com esse desequilíbrio
precisam aprender a identificar evidências sutis que ameaçam a
vida.
Se a pessoa começa expressar: “... a vida não vale a
pena”, “eu só dou trabalho aos outros”, “seria melhor estar
morto...” etc., logo questionar: “O que tu estas pensando?”
Estimular o diálogo e propor: “Vamos procurar ajuda?”.
Quando a pessoa externa tais pensamentos não está em
busca de atenção, nem querendo aparecer, ela esta em grande
sofrimento moral, espiritual e emocional e quer ajuda, apoio, um
ombro amigo para chorar e desabafar, não é brincadeira...
O mesmo cuidado devemos ter com o amigo que posta nas
redes sociais: “Quero morrer”,... “não aguento mais”, “minha
vida não tem sentido”...
Segundo o “Guia de Prevenção ao Suicídio” editado
pela Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul em parceria como
ministério da Saúde 15% a 25% das pessoas que tentam suicidar-se e
são salvas pelo atendimento médico adequado, cometem nova tentativa
no ano seguinte e 10% delas conseguem se matar nos próximos dez
anos.
Há, muitas vezes, falta de sensibilidade dos
profissionais que atendem as pessoas que atentaram contra a vida. Não
deixa de ser uma forma inaceitável de bullying. Na literatura
médica, consta que 90% dos casos concretos de suicídio estão
associados a transtornos mentais, mas a depressão não é a única
causa responsável, há associações com outros fatores como o uso
de álcool e drogas que potencializam o perigo.
Além do tratamento psiquiátrico e psicológico, a
pessoa com risco de suicídio necessita de acompanhamento moral e
espiritual. Ela precisa ser estimulada a acessar sua espiritualidade
básica que independe de religião institucional, e reaviva a ideia
de Deus e da imortalidade da alma que são inatas no ser humano, mas
que muitas vezes não desabrocham no âmago do espírito, porque não
foram estimuladas.
A prece sincera, dirigida a Deus, pedindo auxílio é um
recurso que fortalece a vontade de melhorar, encontrar novos rumos e
livrar-se da influência perniciosa de outras mentes.
O atendimento fraterno na instituição religiosa, que
vai permitir ao paciente externar sua dor, seu sofrimento, seu
desencanto pela vida, vai lhe proporcionar alivio e esperança. A
aplicação de fluidoterapia, doação de fluidos saudáveis, da água
magnetizada e o atendimento espiritual desobsessivo vão representar
um suporte positivo ao tratamento médico e medicamentoso
indispensável no combate à depressão.
A audição de palestras edificantes e leituras
esclarecedoras sobre o verdadeiro sentido d vida e o envolvimento em
atividades beneméritas, darão suporte positivo a uma mudança de
compreensão da vida e do sofrimento.
Segundo Joanna de Ângelis, no livro Plenitude página
77/78: “as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde,
na sua relativa manutenção, mas, somente os fatores internos que
respondem pelo comportamento emocional e social podem criar condições
permanentes de bem estar, erradicando causas penosas, proporcionando
outras novas que compensarão aquelas, se não superadas, promovendo
o equilíbrio estrutural do ser.”
ALERTAS DOS PROFISSIONAIS DA
ÁREA DE SAÚDE MENTAL
Os profissionais da área de psiquiatria esclarecem:
Como identificar uma pessoa com depressão
Se alguém apresentar cinco dos sinais abaixo por duas
semanas ou mais, pode estar precisando de ajuda:
- Tristeza profunda
- Choro fácil
- Sentimento de vazio interno
- Irritabilidade (principalmente em crianças e adolescentes)
- Pessimismo
- Sentimento de culpa
- Falta de interesse (por lazer, esporte, sexo, etc)
- Falta de energia
- Problemas de memória e atenção
- Insônia ou fadiga
- Mudança de apetite e peso
- Irritação
- Dores de cabeça
- Pensamentos sobre morte
O
que é preciso levar em conta:
Grupo de risco
- Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.
- A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.
- Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.
- Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
FATORES
DE RISCO ASSOCIADOS AO COMPORTAMENTO SUICÍDA.
- Doenças mentais
- Depressão
- Transtorno bipolar
- Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias
- Transtornos de personalidade
- Esquizofrenia
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
- Perdas recentes
- Pouca resiliência
- Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável.
- Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância
- Desesperança, desespero e desamparo.
CONDIÇÃO DE SAÚDE LIMITANTE
- Doenças orgânicas incapacitantes
- Dor crônica
- Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Huntington)
- Trauma medular
- Tumores malignos
- AIDS
PONTOS DE ALERTA
- Tentativa anterior de suicídio.
- Ter familiares que tentaram ou se suicidaram.
- Ter planos de suicídio.
Fonte:
Associação Brasileira de estudos e Prevenção do Suicídio,
Associação Brasileira de Psiquiatria, Movimento Conte Comigo.
ONDE
BUSCAR AJUDA
- Centro de Valorização da Vida
- Oferece ajuda por telefone, chat, skype, email e presencialmente
- Facebook.com/cvv141
Telefone
141 ( 24 horas, para
todo o país, pago)
Telefone
188 (gratuito, apenas para o RS)
COMO FICA O SUICIDA NA
ESPIRITUALIDADE
No livro “O Céu e o Inferno” ou “A Justiça
divina Segundo o Espiritismo”, no qual Allan Kardec apresenta o
exame comparado sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual
e as penas e recompensas futuras, seguindo de numerosos exemplos
sobre a situação real da alma durante e após a morte, encontramos
no Capitulo V, da Segunda Parte, exemplos de manifestações
mediúnicas de suicidas. Nove manifestações são analisadas, donde
conclui-se que não há regra uniforme e absoluta sobre o que se
passa com o suicida no retorno brusco ao plano espiritual. Cada caso
é um caso diferente, foi movido por causas diferentes. Em principio,
o homem não tem o direito de dispor de sua vida fica porque esta lhe
foi concedida tendo em vista os deveres que deveria cumprir na
Terra, não deveria abreviá-la voluntariamente sob nenhum pretexto.
Como tem o seu livre arbítrio, ninguém pode impedi-lo, mas sofrerá
sempre as consequências. O suicídio mais severamente punido é o
que foi causado pelo desespero para livrar-se dos problemas da vida,
problemas e misérias que são provas e expiações e foram aceitas
pelo espírito antes da reencarnação, que representam a missão que
ele deveria cumprir. Ele, por decisão própria, rebela-se e recua
diante dos desafios da vida. Muitas vezes leviano e inconsequente e
farto da vida que se negou a compreender, aventura-se ao
desconhecido, a procura de esquecimento pela morte.
É preciso lembrar que suicida não é somente aquele
que pratica o ato voluntário que produz a morte física mas em tudo
que se faz de equivocado e que prematuramente extingue as forças
vitais do corpo, diminuindo o período da encarnação. É um
suicídio indireto.
No livro “Memórias de um Suicida”, psicografado
pela médium Ivone A. Pereira e ditado pelo Espírito Camilo Cândido
Botelho onde reune verdadeira reportagem relativa a casos de suicídio
e suas tristes consequências na espiritualidade.
A
leitura do livro mostra que sempre há um caminho longo de
reconstrução para os que se arrependem de seu funesto ato. A
reabilitação é possível, não se pode perder a esperança.
A
obra esclarece que o espírito Maria, mãe de Jesus, dirige
organizações espirituais destinadas a amparar espíritos suicidas,
coordenando a Legião dos Servos de Maria.
Esta Legião de Servos de Maria visita, periodicamente,
as regiões umbralinas, onde muitos espíritos suicidas ficam retidos
e lá recolhem para tratamento, em hospitais de colônias espirituais
especializadas, aqueles suicidas que já tiveram esgotadas a sua cota
de fluido vital prevista para a vida física que interromperam
bruscamente.
Esclarece o livro que o suicida expiará as
consequências naturais do ato, reparará os desastres ocasionados a
si mesmo, amargará sacrifícios e lágrimas, herança lógica do
desatino praticado, até que consiga forças vibratórias suficientes
para obter da Providência Divina a oportunidade de nova encarnação
e receber, por empréstimo, novo corpo, para recomeçar o caminho da
evolução, interrompido pelo suicídio.
No capitulo XXVII de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”, item 21, explica: “O homem sofre sempre as
consequências de suas faltas; não há uma só infração à Lei de
Deus que fique sem a correspondente punição. A severidade do
castigo é proporcional a gravidade da falta. Indeterminada é a
duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao
arrependimento do culpado e o seu retorno à senda do bem; a pena
dura tanto quanto a obstinação no mal.... Desde que o culpado clame
por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança...
necessário a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a
novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o
bem, reparando o mal que haja feito.”
As
preces dos familiares e amigos caem como um bálsamo de luz no
espírito do suicida. É uma grande caridade orar pedindo a Deus e
aos bons espíritos que amparem o mesmo, envolvendo-o em luz e
harmonia.
No livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan
Kardec, no capítulo XXVIII – Coletânea de Preces Espíritas,
Itens 42-43, 62-63, 64-65, e 71,72, o familiar ou amigo do suicida
encontrará subsídios pra ajudar, pela prece, o espírito amado que
necessita de ajuda para se reerguer perante a lei Divina.
Gladis
Pedersen de Oliveira,
Escritora.
Bibliografia
01.
FRANCO, Divaldo Pereira/Joanna de Ângelis.
-
Plenitude - Leal, 2000;
-
Triunfo Pessoal – Leal, 2000;
-
Auto descobrimento – Leal, 2000;
-
Receitas de Paz – Leal, 1984;
-
O Homem Integral – Leal, 2001;
-
Momentos de Felicidade – Leal, 2001;
-
O Ser Consciente – Leal, 2001.
02.
KARDEC, Allan –
-
O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB.;
-
O Livro dos Espíritos – IDE 1974;
-
O Céu e o Inferno – IDE 2015;
03.
CLARO, Izaias – Depressão, causas, consequências e tratamento –
Clarim, 1999.
04.
Jornal Zero Hora – DOC – A Reportagem no Foco Converse, não
Ignore – Um mal invisível. 11/09/2016 – Texto de Letícia
Duarte.
05.
OLIVEIRA, Gladis Pedersen. Educação a Arte de Manejar o Caráter,
Olsen, 2015.
-
Cartilha para os Pais sobre a Educação Moral, Emocional e
Espiritual e a Construção do Caráter dos Filhos, Olsen, 2015.
06.
PEREIRA, Ivone A. Memórias de um Suicida, FEB, 2014.
Texto
Gladis Pedersen de Oliveira em 10/10/2016.
Excelente texto
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